Galeria de Imagens

Torre dos Sinos

Início Século XX

Fonte: branca.pt

agosto, 2019

Fonte: branca.pt

março, 2025

Fonte: captura própria

O conjunto das três imagens evidencia a evolução paisagística do mesmo local. Se no início do século XX, aquela zona tinha estrada de terra, a partir das imagens atuais, verificamos a presença de estrada asfaltada. Numa visão geral e comparativa, reparamos que, ao contrário da imagem antiga onde ressalta o aglomerado de pessoas com trajes típicos, aquela paisagem passa a ser funcional. 

Alterações como a implementação de postos de eletricidade, da estrada asfaltada, da tipologia das janelas das infraestruturas envolventes e das novas construções, com telhados de telha e fachadas claras, integrando-se no conjunto. Contrastam com elementos como a igreja que mantém a sua fachada triangular e cruz no topo, evidenciando preservação patrimonial e a casa paroquial com varanda à direita, mantendo o traço original. O que faz com que as imagens atuais retratem maior densidade urbana, embora controlada e respeitando a arquitetura tradicional.

Em terceiro plano, verifica-se que a encosta florestal apresenta cada vez menos densidade em relação à vegetação. Na fotografia de 2025, há sinais de clareiras, causadas pelos incêndios de outubro de 2024, desgaste e gestão florestal.

Ou seja, a evolução mostra uma transição de aldeia rural para zona semiurbana modernizada. Ocorrendo, assim, uma transformação marcada pelo progresso, mas com respeito à identidade local.


Capela S. Julião

1902

Fonte: branca.pt

julho, 2020

Fonte: cm.albergaria

março, 2025

Fonte: captura própria

A partir das fotografias da Capela de São Julião, respetivas aos anos de 1902, 2020 e 2025, constata-se uma transformação significativa ao nível da sua envolvência, ao longo do tempo. 

À primeira vista, ressalta a alteração da área envolvente ao elemento central e a preservação da capela. Ainda assim, subentende-se que ocorreu a substituição das janelas e a perda de alguns elementos que faziam parte da própria arquitetura. Explicado pelo o desaparecimento e mau estado de conservação. A imagem de 1902, revela que o caminho era de terra batida e ladeado por vegetação espontânea, sem infraestruturas modernas. A capela tinha uma simples fachada, sem alterações evidentes. O espaço circundante era predominantemente rural, com campos agrícolas e vegetação densa. Ao fundo, o monte arqueológico, com vestígios da Idade do Bronze, era envolvido por matos e floresta nativa.

Já as imagens recentes, demonstram que além da capela ter sido preservada, e estar sujeita a manutenção e pintura adequadas, o caminho foi pavimentado, construíram postes de iluminação e sinalização, refletindo melhorias em acessibilidade e segurança. Comparando as imagens, reparamos que as proximidades sofreram uma urbanização crescente, (ainda que reduzida), com novas construções residenciais e áreas de lazer em áreas que antes eram campos agrícolas. O monte arqueológico passou por intervenções para conservação e valorização patrimonial, com trilhos e áreas de observação.

Atualmente, entende-se que as mudanças incluem a melhoria das infraestruturas, o crescimento urbano e a preservação histórica, com destaque para a convivência entre o desenvolvimento da zona semiurbana e a proteção do património, daí a necessidade de adaptação da vegetação presente para facilitar o acesso e a preservação dos vestígios arqueológicos que só foram descobertos no ano passado.


Fábrica de cerâmica da Branca 

Século XX

Fonte: branca.pt

novembro, 2024

Fonte: CM. Albergaria

março, 2025

Fonte: Captura própria

A imagem fornecida pelo site da freguesia em estudo, data ao século XX, revela uma paisagem industrial. Ao mostrar a fábrica, em destaque, nos anos em que a mesma era ativa, evidenciando também o tipo de matérias-primas que eram usadas na fábrica. Nomeadamente, a madeira que poderia ser usada como combustível para os fornos da cerâmica.

No entanto, é notória a alteração paisagística desta área em específico, sobretudo desde a imagem que remonta ao século XX, à imagem de novembro de 2024, dadas as notórias alterações no tipo de paisagem, na predominância da vegetação e na substituição daquele complexo de edifícios fabris por terrenos abandonados. Passando de uma paisagem  industrial, para uma paisagem rural.

A imagem atual representa uma perspetiva um pouco diferente das outras, dado vez que embora seja possível identificar a chaminé que integrava o complexo fabril, é possível identificar algumas construções bem como um caminho rural que, em tempos, era uma via de comunicação da fábrica. Como a fábrica continua desativada, em fase de abandono e degradação, a paisagem natural está a tomar o espaço detinha uma função meramente industrial.

Em suma, as 3 imagens representam uma clara evolução da paisagem que passou de uma paisagem industrial a uma paisagem rural, com certos traços de paisagem industrial em menos de 70 anos.


Planície da Branca

1930-1940

Fonte: branca.pt

abril, 2018

Fonte: branca.pt

março, 2025

Fonte: captura própria

Em relação às 3 imagens respetivas, essencialmente, à planície da Branca, onde é possível observar a evolução da mesma área entre os anos 3o até aos dias de hoje, repara-se que é marcada, sobretudo pelo avanço da urbanização. 

Na primeira imagem, respetiva à década de 30, observa-se um cenário predominantemente rural. Em primeiro plano, destaca-se uma vegetação densa com árvores de fruto com dimensão considerável e com um tipo de solo aparentemente agrícola ou natural, sem grande intervenção humana. Numa visão mais pormenorizada, surgem campos cultivados e algumas construções dispersas, revelando uma ocupação humana ainda pontual e integrada na paisagem. Ao fundo, a linha do horizonte é marcada por uma elevação coberta por vegetação, sugerindo continuidade ecológica e descontínua ocupação.

Em contraste, as imagens mais recentes revelam um território profundamente alterado. À primeira vista, é possível visualizar uma zona ajardinada, com vegetação ornamental bem cuidada, delimitada por muros e elementos urbanísticos, evidenciando o uso residencial do espaço. No segundo plano, onde, antes existiam campos agrícolas, encontramos agora uma malha urbana densa, com casas, edifícios modernos e infraestruturas construídas. Em terceiro plano, ainda que mantenha alguma vegetação, mostra sinais claros de fragmentação florestal e de expansão da área urbanizada.

Ou seja, a evolução desta paisagem foi pautada pela mudança de paradigma no uso do solo: de uma paisagem produtiva e rural, para um território marcado pela construção e pela privatização do espaço. Esta evolução reflete o crescimento das áreas residenciais e a consequente transformação da identidade visual e ecológica da região.


Antiga estação dos Correios no Souto da Branca

1995

Fonte: cmaav

outubro 2024

Fonte: branca.pt

março, 2025

Fonte: captura própria



A antiga estação dos Correios no Souto da Branca, desde que encerrou até aos dias de hoje, sujeitou-se a um processo de reabilitação e modernização do espaço ao longo do tempo.

Na primeira imagem, respetiva aos tempos seguintes ao encerramento daquele edifício como uma estação de Correios, na altura a principal, destaca-se o edifício antigo da Estação de Correios da Branca com uma fachada revestida de pequenos azulejos azuis e brancos. As janelas de madeira estão partidas ou degradadas, e o reboco inferior do prédio apresenta sinais de humidade e abandono, a vegetação espontânea cresce junto à base, reforçando a falta de manutenção. A rua é estreita e sombria, evidenciada pela sombra de outro edifício a projetar-se sobre a fachada. Em plano de fundo, surge uma encosta coberta por vegetação densa e algumas árvores, transmitindo um ambiente mais rural.

Já a imagem datada com o ano de 2024, mostra o mesmo local após um processo de requalificação urbana. O edifício foi totalmente renovado, substituíram os antigos azulejos azuis da fachada por tinta branca e substituíram as janelas tradicionais por janelas modernas, de moldura verde escura. Por iniciativa da autarquia, o passeio foi alargado e encontra-se limpo e bem cuidado. A presença de carros estacionados e de sinalização indica uma melhoria na acessibilidade e funcionalidade da rua. Ao fundo, através da imagem deste ano, capturada com o mesmo ângulo da imagem antiga, repara-se que a encosta, que antes era apenas mato, foi urbanizada com edifícios residenciais modernos, com fachadas amarelas, varandas e telhados alinhados, revelando um planeamento urbano organizado. 

E portanto, ocorre a passagem de um cenário degradado, com traços rurais e negligenciados, para um espaço urbanizado, moderno e habitável. Esta transformação reflete um claro investimento na reabilitação do edificado e na reorganização do espaço urbano, promovendo uma melhoria da qualidade de vida e da imagem da cidade. O processo ilustra como a intervenção urbana pode revitalizar áreas em declínio, integrando-as no tecido urbano contemporâneo de forma funcional e estética.


Coreto no Souto da Branca 

1950

Fonte: branca.pt

janeiro, 2021

Fonte: branca.pt

março, 2025

Fonte: captura própria

As três imagens fotográficas respetivas ao Coreto no Souto da Branca, capturadas nos anos de 1950, 2021 e 2025 mostram a evolução, revelando uma transformação que conjuga preservação patrimonial e modernização urbana.

Em relação à imagem mais antiga, destaca-se a lateral de um edifício com janelas altas e persianas abertas, que sugere ser uma casa senhorial ou um apenas edifício público. O ambiente apresenta um jogo de luz e sombra que cria uma atmosfera mais densa e tradicional. Em segundo plano, sobressai um coreto rodeado por árvores frondosas e protegido por uma vedação decorativa, indicando um espaço público, mais concretamente um jardim, utilizado para eventos religiosos e sociais, como catequeses ao ar livre. A área envolvente incluía outros edifícios tradicionais e um cipreste alto, elemento comum em zonas de culto ou cemitérios antigos, que confere verticalidade à paisagem. Um elemento curioso desta imagem, trata-se do poste e fios elétricos, da qual demonstra já alguma modernização naquela época.

Atualmente, repara se que o espaço foi renovado e valorizado. Contrariamente ao destaque central que era dado ao coreto, aquela área perde a casa branca adjacente e passa a destacar o tanque restaurado, com paredes brancas, cobertura em telha de barro e uma fonte em pedra com bica metálica, mantendo a funcionalidade e a tradição. O painel com a imagem histórica a preto e branco reforça a ligação entre passado e presente, valorizando a memória coletiva da comunidade. Em terceiro plano, um muro elevado com rede metálica e vegetação protege o espaço, demonstrando um planeamento mais cuidado e urbano.

A comparação entre as imagens revela a transformação do espaço comunitário tradicional num ambiente requalificado, limpo e organizado, onde a herança cultural é preservada. O coreto desapareceu, mas a sua função social é mantida através da valorização do fontanário e da memória histórica. Esta evolução reflete o equilíbrio entre a conservação do património e a adaptação às necessidades contemporâneas, promovendo uma identidade local viva, integrada e respeitada pela comunidade.


Antiga estação de correios da Branca

1959

Fonte: branca.pt

outubro, 2022

Fonte: branca.pt

março, 2025

Fonte: captura própria

Os elementos fotográficos desta antiga estação de Correios, retratam a evolução de um edifício e da sua envolvente ao longo do tempo, evidenciando uma mudança de uso e uma adaptação funcional do espaço, sem alterações significativas na sua estrutura ou paisagem.

A imagem a preto e branco, foca se no edifício, praticamente inalterado em termos de estrutura: mantém portas, janelas, grelhas e acabamentos em pedra. No entanto, não existem elementos associados a qualquer função comercial, sugerindo que se tratava de um simples edifício, porém era um antigo Posto de Correios. 

Nas imagens já a cores, observa-se o tal edifício anteriormente mencionado, de dois pisos bem conservado, com fachada clara, janelas tradicionais com moldura em pedra e portas em madeira. A principal transformação não é física. Prende-se com a sua função: de Posto de Correios passou a acolher um salão de cabeleireiro e estética, como indicía a placa "ActiHair", a caixa de correio moderna, a antena parabólica, a rampa de acesso e o placar com os horários de abertura. O espaço em frente ao edifício foi asfaltado e é utilizado como estacionamento, o que demonstra uma adaptação do exterior para melhor servir uma atividade comercial. Em todas as imagens, há a evidencia que a área envolvente mantém-se tranquila e semi-rural, com árvores visíveis em segundo e terceiro plano.

A principal diferença entre as imagens reside, assim, na mudança de uso e na adaptação do espaço exterior. Esta evolução representa uma intervenção equilibrada, onde se alia a preservação do património à funcionalidade contemporânea, garantindo a permanência e utilidade do edifício no tempo.


Comunhão Soléne 

maio, 1948

Fonte: branca.pt

abril, 2019

Fonte: branca.pt

abril, 2025

Fonte: captura própria

Aqui pretende-se abordar uma determinada tradição religiosa, mas em dois momentos históricos distintos, revelando,  simultaneamente, a continuidade cultural e a transformação do espaço e da sociedade.

Na imagem de 1948, observa-se uma procissão marcada por formalidade e simbolismo religioso. Em primeiro plano, um grupo de meninas vestidas de branco, a celebrar a Primeira Comunhão, caminham de forma solene, antecedidas por adultos com estandartes e trajes litúrgicos brancos. A estrada de terra batida, as construções simples e a predominância de campos e vegetação compõem um cenário rural e tradicional. A ausência de trânsito e a presença de postes de eletricidade isolados reforçam o ambiente modesto da época.

As imagens atuais, mostram que, apesar do mês da sua celebração ter se alterado, a tradição mantém-se viva, mas com características mais contemporâneas. Atualmente, a procissão é composta por homens com capas brancas e homens de opas vermelhas a segurar estandartes decorados e o chão é enfeitado com um tapete de flores, denotando um cuidado cerimonial mais elaborado. Participam pessoas de várias idades e géneros, com vestuário informal, o que indica uma celebração mais inclusiva e comunitária. A estrada está asfaltada, e é ladeada por casas modernas, muros e infraestruturas como cabos e postes elétricos, demonstrando o crescimento urbano da localidade.

A comparação entre as imagens evidencia a transformação física e social do espaço: de um ambiente rural mais fechado, para um meio urbano e participativo. Apesar dessas alterações, a tradição religiosa permanece como elemento agregador e identitário, adaptando-se às novas realidades sem perder a sua essência. Esta continuidade demonstra a capacidade da comunidade de preservar os seus valores culturais enquanto acompanha o progresso e a modernização do território. Assim, a procissão simboliza não apenas uma prática religiosa, mas também a resistência e adaptação da memória coletiva ao longo do tempo.

Casa Centenária

Século XX

Fonte: branca.pt

maio, 2020

Fonte: branca.pt

março, 2025

Fonte: captura própria

A casa Centenária da freguesia da Branca, é um elemento singular, da qual não se verifica qualquer diferença na própria casa, sem ser, obviamente, a inevitável degradação. Mas sim na transformação do espaço envolvente. Anteriormente, era, essencialmente, rural passando a ser integrado num ambiente urbano mais cuidado e valorizado, mantendo a identidade histórica através da preservação do património construído.

Em tempos, a rua era em terra batida a subir, ladeada por vegetação espontânea e sem qualquer tipo de pavimentação. O cenário transmite simplicidade e rusticidade. Em segundo plano, destacam-se três construções tradicionais do início do século XX: à esquerda, uma vivenda com torres pontiagudas e varandas; ao centro, um edifício branco de aspeto institucional ou habitacional; e à direita, uma moradia com escadaria frontal. Em terceiro plano, a paisagem é dominada por uma encosta densamente arborizada, sem sinais de urbanização, acentuando o carácter rural da época e a própria encosta.

Nos dias de hoje, o espaço apresenta sinais claros de urbanização e requalificação. A antiga rua foi substituída por uma estrada asfaltada, com muros de pedra a delimitar as propriedades. A vivenda com torres pontiagudas, que se manteve como elemento central, foi restaurada e pintada num tom alaranjado, preservando os seus traços originais. Está agora rodeada por um jardim cuidado e muros decorativos, o que lhe confere um aspeto patrimonial valorizado. Os poste de eletricidade e cabos aéreos indicam a introdução de infraestruturas modernas. Em pano de fundo, mantém-se alguma vegetação, agora integrada num espaço mais estruturado.

A comparação evidencia uma evolução significativa da paisagem: de um ambiente rural, espontâneo e pouco intervencionado, passou-se para um espaço urbano consolidado, organizado e funcional. No entanto, essa modernização foi feita com respeito pela memória do traçado original do lugar, destacando-se a importância da vivenda enquanto marco identitário. Esta transformação demonstra como é possível conciliar desenvolvimento urbano com preservação do património e valorização da paisagem cultural.

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